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Recentemente, organizamos um evento que demos o nome de Meetup com o tema: Qual é o futuro da comunicação regional? O objetivo? Apenas pensar e refletir sobre nosso mercado. E o resultado você lê aqui.

 

Como é bom a gente se encontrar e conversar com amigos de profissão. De uma conversa despretensiosa sempre sai algo muito, muito valoroso!

Recentemente, organizamos um evento que demos o nome de Meetup com o tema: Qual é o futuro da comunicação regional?

Foto de Renato LopesFizemos questão de convidar pessoas com experiências, idades e vivências diversas para essa primeira rodada de conversa, logicamente com a pretensão de fazermos outros encontros, somando mais cabeças pensantes.

Participaram duas pessoas de redação, um fotógrafo, uma pessoa de marketing empresarial, uma pessoa de tráfego digital, além de uma pessoa de assessoria de imprensa, que tem mais ou menos a mesma vertente de atuação da Oz Conteúdo.

Foi um momento delicioso – talvez até com ar terapêutico – em que conseguimos desenrolar um pouco das nossas angústias, saber que as outras pessoas também tem seus questionamentos e encontrarmos pontos em comum de como podemos construir a comunicação regional juntos.

Entre os muitos assuntos que conversamos, logicamente que a aceleração digital e o uso das redes sociais foi um dos que mais tomou tempo na discussão, uma vez que quando se fala de mídia regional, logo já se pensa nos grandes veículos impressos, revistas, emissoras de rádio que trazem para a cidade uma tradução local do cenário nacional.

A distribuição de investimentos das empresas no digital, com anúncios, redes sociais, influenciadores digitais, quebrou muita mídia tradicional que não acompanhou esse movimento de mercado.

Por outro lado, trouxe para as empresas um controle maior de suas audiências. Trouxe também uma visão honesta sobre o seu público. Quem realmente consome seus produtos e serviços e como gostam de ser impactados pela sua marca.

Sobre os influenciadores, a conclusão que se chegou é que o espaço é muito democrático e que existe nicho para atuação de todos. As empresas não podem se fixar somente na quantidade de seguidores de um influenciador, mas sim no público com o qual conversa.

Entretanto, nós como comunicadores regionais temos sempre que incentivar as empresas a anunciarem nos veículos da cidade, como uma forma de prestígio, empatia, relacionamento e valorização da comunidade local.

Outro ponto interessante da conversa foi com relação as coisas que estão em declínio no nosso segmento. Entre elas: os conteúdos de fôlego, longos, praticamente não existem mais. As pessoas querem consumo rápido de notícias e com pouco aprofundamento.

Também, o fato de que a humanização das relações está cada vez mais escassa. Seria o fato de as redes sociais estarem congelando os corações do ser humano, que tem preferido se falar por detrás de uma telinha com um filtro?

Por fim, nós, comunicadores, somos muito impacientes com as redes sociais. Dos oito sentados ao redor da mesa, somente uma pessoa alimenta suas próprias redes como mais frequência.

Não é lutar contra o sistema, mas provavelmente o fato de conhecermos suas engrenagens, seus algoritmos e como funciona, temos preguiça! Pode ser que termos estudado demais as Teorias da Comunicação tenha nos afetado de alguma forma.

Por fim, ficamos muito felizes de saber que todo mundo – cada um do seu jeito! – está conseguindo encarar o digital, somando com suas experiências do mundo analógico e construindo nova comunicação regional.

 

 

 

Livia Borges dos Santos

Livia Borges dos Santos

Sócia Proprietária da Oz Conteúdo

Jornalista